quinta-feira, 21 de junho de 2012

CGD - INSTITUIÇÃO MODELO

   Quem pense que a Caixa Geral de Depósitos é uma bagunça onde se absorvem os prejuízos causados em instituições bancárias por safados disfarçados de banqueiros, está redondamente enganado. Nem um simples vigarista de meia tigela - conta em que, decerto, os responsáveis da Caixa têm os seu clientes normais - escapa ao pagamento do que o Banco do Estado entende cobrar-lhe.
     Passemos aos factos comprovativos do que acima se afirma:
    Em 11 do corrente mês de Junho, do Ano da desgraça de 2012, um cliente dirigiu-se a um dos balcões da Caixa com a intenção de encerrar uma conta de que não necessita mais, pois tem outra por onde recebe a sua pensão e pela qual faz todos os pagamentos em débitos directos. Feitas as contas de débitos que teria por pagar, quem o atendeu ao balcão informou o cliente que tinha despesas a pagar (cartão multibanco, que não chegou a utilizar, e custos de abate de cheques antigos que não tinha em seu poder, por já os ter destruído, pois só agora lhe foi dito que, como eram anteriores a lei que limita a validade a partir da data de emissão, podiam ter servido para levantamentos ao balcão) que importavam em 90,84€. O cliente se comprometeu-se a transferir, por "homebanking", logo que chegasse a casa, a importância reclamada tendo-o feito, como combinado. No dia seguinte,  o cliente voltou ao balcão da Caixa, onde foi informado de que, afinal, tinha havido um lapso nos cálculos, e que devia mais noventa e seis cêntimos, para além da importância transferida, o que o cliente pediu que fosse feito de imediato, por débito da sua conta activa. E assim se fez. E o cliente foi informado de que se houvesse qualquer outro problema ou impedimento para o encerramento da conta, lhe seria comunicado telefonicamente. Era o dia 12 de Junho de 2012.





     Hoje, 21 de Junho, o cliente recebeu da Caixa Geral de Depósitos, via correio normal a missiva acima, de que eu me sirvo para provar a excelência de qualidade dos serviços da Caixa Geral de Depósitos, nunca é demais repetir o nome, sua lisura de trato com os cientes e a consideração que lhes merece quem lhes dá dinheiro a ganhar, pois têm presente, como se presume, que é com o dinheiro dos depositantes que farão normalmente os seus negócios. Mal andariam se não fosse!
     Uma instituição (financeira) tão ciosa dos dinheiros que tem à sua guarda que ameaça o cliente supostamente incumpridor com acções que decerto lhe sairiam muito mais caras que um telefonema para pedir, por favor, que "passe por cá quando puder" - e o cliente iria na hora - não pode ser confundida com a outra Caixa Geral de Depósitos que assumiu os prejuízos cuja ordem de valor é pública, com a salvação de um covil de ladrões e vigaristas, e sabe-se lá que mais, da pior espécie, enquanto a justiça que temos deixa à solta a maior parte deles, alguns dos quais já se piraram, não fosse o diabo tecê-las e o Pais acordar.

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