terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ENQUANTO HÁ TEMPO

    A Língua Portuguesa está a ser alvo de um crime violento contra a sua variante própria da sua Pátria-Mãe. 
       Gente inculta, ignorante e teimosa, cozinhou uma coisa a que deu o nome de Acordo Ortográfico que governantes não menos ignorantes e incultos, prepotentemente querem impor-nos a todo o custo, surdos às vozes que em número crescente se levantam contra esse crime - mais um! - que está a lançar o ridículo e chacota sobre o Povo Português, em nome do qual tomam as mais estúpidas decisões.
       Sem me alongar mais, dou a ligação para um blogue contendo matéria de inegável interesse sobre assunto de tão elevado interesse:

http://persuaccao.blogspot.pt/2013/01/desacordo-ortografico-carta-aberta-ao.html

    Peço uns minutos da vossa atenção para esta publicação. Ainda é possível salvar a Língua Portuguesa

       Setúbal, 29-01-2013
       Paulo Eusébio.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ENTRE A INSUBMISSÃO E O SILÊNCIO


Antes de tecer as breves considerações que aqui deixo, quero declarar que a amizade muito especial que me liga à poetisa Paula Raposo não me impede da maior imparcialidade ao abordar a sua obra poética, num apontamento ligeiro e despretensioso. Não seria capaz de o fazer de outra maneira, nem a Autora mo perdoaria, se o não fizesse.  
Mais deixo bem claro que não sou crítico literário, nem tenho qualificação para o ser. Mas o facto de não ser enólogo não me impede de saborear e gostar de um bom vinho. A poesia, acho eu, tem várias semelhanças com o vinho: um aroma próprio, um sabor distinto, e estimulante que permanece para além do momento em que o degustamos.
O vinho para ser bem apreciado deve ser bebido lentamente, saboreado sem pressas, tirando assim todo o partido da simbiose entre paladar e aroma.
Li e reli, sem pressas, saboreando, os dois últimos livros de poesia de Paula Raposo: “Insubmissa: o lado errado numa linha imaginária” e “O Laço Impenetrável do Silêncio”, ambos editados pela Chiado Editora. 
Deixei passar algum tempo, para sentir o efeito prolongado, como se de um vinho se tratasse. 
Fiz bem.
A impressionante facilidade com a poesia brota de Paula Raposo, permite que, além dos sete livros de poesia já publicados, colabore em publicações colectivas, e “poste” na sua página de Facebook e no seu blogue próprio (http://asminhasromas.blogspot.pt/), para além da colaboração poética que deu até há mais de um ano, a um blogue erótico, tudo numa produção de quantidade elevada mas não de menor qualidade. Estão já prontos a editar mais dois livros.

Paula Raposo, navega nos mares da Esperança, do Amor e do Erotismo, numa zona em que águas destes mares se ligam e interpenetram, num estilo por vezes suave, outras, intenso, libertador do que lhe vai na alma. Cada poema é como uma bela laranja, de casca fina, sumarenta e refrescante, onde se descobre perfumada doçura, mesmo quando a solidão, a amargura ou o desencanto possam quebrar a doçura do fruto.
A poesia brota de todos os poros de Paula Raposo fluindo com a mesma naturalidade com que a Autora respira.
Os seus poemas, ricos em conceitos e mensagens, não deixam o leitor indiferente, permanecendo na memória o sabor que se entranhou.

Dizia alguém, na minha juventude, que as essências raras se guardam em frascos pequenos.
A poesia de Paula Raposo, é uma essência rara, cada dose (poema) não é extensa nem rebuscada, mas tem uma intensidade que nos leva a, degustada uma, nos servirmos de outra, e mais outra, sem pressas tirando todo o proveito de uma leitura que dá prazer.


 Setúbal, 23 de Janeiro de 2013
Paulo Eusébio