sábado, 2 de maio de 2015

MEMORIA DEGRADADA

Hoje estive no Parque Urbano da Albarquel, onde me desloco frequentemente. É um lugar aprazível com magnífico panorama, constituído por parte de uma das mais belas baías do Mundo.
Como pode ver-se, a vegetação bota das paredes como se estas fossem pedaços de terreno.
Olhei para cima e lembrei-me duma publicação que uma amiga fez, há dias no Facebook, sobre o fecho da Pousada de São Filipe, que, durante décadas, funcionou numa área integrada na Fortaleza, por falta de segurança, dado o estado de degradação a que todo o conjunto chegou.

Outro ângulo, a mesma situação.
Como levava a máquina fotográfica, registei, o que “a olho nu” não é perceptível, mas que confirma o que escrevi em 28 de Maio de 2012 neste blogue, depois de uma visita ao local, ilustrado com fotografias, então obtidas.
Não há dinheiro? Quem disse?
De corridos quase três anos sobre aquela data, não foi feita qualquer beneficiação na Fortaleza, aumentou o risco de ruína total e perdeu-se mais uma unidade hoteleira, a somar a outra que fechou no passado mês de Abril, o Hotel Isidro.
Até pinheiros crescem nos muros!
O que mais dói é ver degradar e desaparecer o nosso Património Histórico, com duas situações paralelas: “passa culpas” de entidade para entidade, quando toca a prejuízos, pois há frequentemente conflitos legislativos que (propositadamente (?)) deixam pouco claras as entidades responsáveis em cada caso; e “falta de dinheiro” para a intervenções necessárias.
Há muito dinheiro, cofres cheios, desviado para fins ilegítimos, se bem que legais.
Esta última é de bradar aos céus! Tem havido dinheiro para cobrir todas as fraudes cometidas em diversos bancos, centenas de milhões de euros, deixando os “clientes e arder”, mas garantindo aos banqueiros a salvação das suas empresas, sem o Estado, ter poderes para os espoliar de todo o Património presumivelmente por eles adquirido, ainda que postos em titularidade de terceiros, e metendo-os nas prisão, até terem feito regressar ao País, até ao último cêntimo o dinheiro que tenham colocado offshore, sem prejuízo das penas pelos crimes cometidos, que só começariam a contagem do tempo respectivo após o regresso de dinheiros acima referido. Os citados bens responderiam, em primeiro lugar, pelos depósitos, e, depois, pelos restantes prejuízos. E não me venham falar de direitos humanos de quem não respeita os direitos da cada cidadão, ao trabalho com salário justo, ao património acumulado ao longo de anos de trabalho honesto e às reformas amealhadas durante toda um vida, e saqueadas pelo Estado, para cobrir os roubos de certos Senhores de Banca”, e não só...


 Setúbal, 2 de Maio de 2015

Paulo Eusébio






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